A Retinopatia Diabética é a principal causa de cegueira evitável na população ativa. Estima-se que os diabéticos tenham uma probabilidade de cegar 25 vezes superior à da população em geral. O Edema Macular Diabético é uma das complicações major, sendo responsável pela maioria dos casos de Retinopatia Diabética com perda visual associada. Associa-se à presença de líquido acumulado na área central da retina (mácula).
Esta patologia evolui quase sempre sem sintomas visuais, que podem surgir apenas em fases muito avançadas da doença. Identificar os doentes de risco, permitindo-lhes que sejam submetidos a intervenções terapêuticas, de forma atempada, representa o desafio mais importante para todos os profissionais de saúde envolvidos.
A maioria dos doentes apenas precisam de realizar observações oftalmológicas regulares, de forma semestral ou anual. Noutros casos, é necessário injetar medicamentos intravítreos (anti-VEGF e corticoides) e aplicar Laser seletivamente nos vasos anormais da retina para reduzir o edema macular e as áreas isquêmicas (sem suprimento de sangue) de forma a prevenir-se a progressão da doença. Nos casos mais avançados, com hemorragia intravítrea (intraocular) e/ou descolamento tracional da retina, é necessário proceder-se a uma microcirurgia intraocular (vitrectomia).